4 de abril de 2007

Não preciso dizer da saudade


Não preciso dizer da saudade
Choro esta dor que tenho em mim
Acendo o crepúsculo na minha atmosfera

E grito em tons de um dó maior…
Todos os sentidos são projectos
Que construo na face do meu tormento.

Como um dar as mãos às chamas
Estrelas minhas que nos olhos
Vou sepultando ao longo da ilusão.

Não preciso ver a verdade…
Tenho-a no pedaço que falta
Meu silente e tempestivo coração.

Salto pelas montanhas, no eco
Que não me ouve, onde estás?
No meio da bruma que oculta

O silêncio, mais silêncio…
Na alma diluída sem resposta
Para o pranto doce da vida.

Não preciso dizer da saudade
Que brilha na eternidade de ti.

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