31 de março de 2008

Pensamento a oscilar



Este bosque que alimenta os meus sentidos
Está nu de árvores coloridas
São flores selvagens que esmago,
Dedos que se tornaram escarpas de mar
Numa vontade de galgar mais um pouco
Esta natureza austera de vida redundante.
Contrario a razão e dou voltas e mais voltas
Sem razão alguma.
Não será fácil como antes, já nada é fácil…
Escrever é um tornado de sensações
Que do meu pensamento deslizam
E me empurram para o obnubilado da mente.
A constatação é uma arma de dolorosa visão
Dói demasiado este momento trôpego
Faltas-me…
Encolho perante o teu mutismo
Sem escolha aparente de qualquer
Solução, por mais selvagem que a vida seja.
Silêncio a que te devotas e que pareces oferecer
Num desprezo que transtorna a alma.
Bosque perdido de luz, e mesmo assim
Aqui estou presente a declarar o amor,
O desejo, numa expressão viva de sonhos
A viajar dentro do afecto que te entrego.
Na verdade, e mesmo assim a descobrir
Tanta dor, amo-te muito meu amor.

2 comentários:

O Profeta disse...

Ler-te é um processo de doces sentires...


Doce beijo

O Profeta disse...

Passei para te deixar um beijinho...